O entusiasmo em torno do ESG acabou, o trabalho duro começa agora.
O mercado financeiro que considera os critérios ambientais, sociais e de governação (ESG) e analisam para sua decisão de investimento, bem como bancos, seguradoras e, claro os consumidores estão entrando em uma nova fase de maturidade.
Agora que a corrida acabou e infelizmente o green washing aumentou descaradamente é, tempo de consolidar as diretivas e de aplicar novas ferramentas.
E o mercado financeiro deixa um recado:
Que não se deixem levar pelas famosas pontuações ESG e olhem mais para o “core” de investimento dos fundos em que querem aplicar o seu dinheiro.
Os princípios do processo do ESG não vão desaparecer, infelizmente para os que não querem mudar seu sistema de gestão dentro da sua organização ou muito menos em investir em melhorias nos processos do ESG
O que acontece hoje é que se estão usando o “ESG” como uma sigla para descrever tudo.
Misturam Sustentabilidade, ODS, GRI e outras coisas com o ESG, quando este é uma análise de risco do negócio nada mais!
Por exemplo, sabemos que para os investidores e gestores de ativos investirem na transição para baixo carbono tem de ser incentivado pela política dos governos.
Mas o mais importante é que é exigido pelos consumidores que as organizações façam o melhor para preservar a energia, proteger o ambiente e lutar contra as alterações climáticas.
Por isso, há uma necessidade de investimento para a transição para baixas emissões de carbono.
Pode-se chamar fundo ESG, fundo climático, o que se quiser, na realidade.
E este é o meu ponto:
Creio que usamos ESG para descrever tantas coisas, mas, na verdade, o que realmente precisa de investimento é o que importa para o negócio e sua sobrevivência
Não vão então desaparecer?
Os fundos ESG ou sustentáveis, bem co as preocupações dos bancos e seguradoras não vão desaparecer.
Vai é haver muito mais clareza e transparência sobre quando dizemos que este fundo é um fundo sustentável ou fundo ESG.
AI a necessidade de profissionais que entendam do assunto, e no mercado hoje este, está em falta.
Não é suficiente ter apenas a sigla “ESG” no rótulo, é necessário ser capaz de descrever o que está a tentar resolver e qual é o resultado que está a tentar gerar.
Nesse ponto a taxonomia é muito importante porque cria uma linguagem comum para diferentes investidores. o que tem de acontecer agora não é tanto mais regulamentação, mas consolidação.
A taxonomia tem um papel importante ou precisamos é de mais diretivas?
A taxonomia é muito importante porque cria uma linguagem comum para diferentes investidores.
O que tem de acontecer agora não é tanto mais regulamentação, mas consolidação.
Se pensarmos ao nível da União Europeia (UE), temos o Regulamento de Divulgação de Informação Financeira Sustentável (SFDR), mas também há outros países com o seu próprio regime de classificação de produtos de investimento sustentável.
Portanto, para gestores de ativos globais, penso que precisamos de coordenação e melhor consolidação das diferentes regulações.
Estamos juntos