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Plano e emergências e crises, por que na hora “H” falham?

A pessoa participa de um curso/treinamento de 2 dias, já é especialista!!

Curso/ treinamento de 40 horas (haja enrolação, com filminhos e fotos), uma autoridade!!

Um MBA, aí é DEUS!!!

Na hora da emergência /crise, fica pálido, treme as pernas, culpa a equipe (ainda diz que fez curso de liderança com o fulano(a) um” master class. “(não sei por que também é considerado(a) o papa da liderança), mas….

Esse fato é mais comum que se imagina, e nessas horas que você assiste quem é quem.

Qualificação, vivência e experiência andam juntos, e pesam na hora da emergência/crise.

Não funcionou o plano de emergência e muito menos a gestão de crise, por quê?

Essa pergunta começou a martelar na minha cabeça a anos e passou a estar no topo da lista das minhas preocupações, claro, depois da gestão de riscos corporativos dos impactos socioambientais.

Em meus anos da minha carreira, emergências e gestão de riscos, foram prioridades.

Principalmente quando você assume a responsabilidade total da gestão de QSMS-RS & Sustentabilidade em grandes investimentos.

Ainda mais quando é trecho, não quero menosprezar quem é de planta/fábrica, mas são situações totalmente diferentes e o trecho é o trecho, quem nunca participou não tem a menor ideia das dificuldades.

Comecei em decks de plataformas, portos, mineração, energia e outros segmentos em lugares remotos ou dentro de cidades.

A história do caos na hora da emergência ou em comitê de gestão de crises em todos os segmentos que participei tendem a ser bastante semelhantes.

Muitos nessas organizações dizem coisas como: “Temos que ser práticos, não teóricos quando se trata de gerenciamento de emergências, nós precisamos nos concentrar em nosso core business, não somos equipes de emergência e assim por diante”. Sei …., tolinho!

Estas questões tendem a ser consistentes independentemente do segmento da organização.

Falhas nas questões organizacionais são pontos em comum em todas as análises críticas feitas por nós depois do ocorrido. Análises críticas depois do evento?

O QUE É ISSO??, tem organização que não se dá o trabalho de estudar as gestões das lições aprendidas depois de cada acidente, acreditem!

Vamos a alguns pontos em comum, encontrados como causa raiz nas falhas de execução.

Falta de compreensão dos objetivos do plano e seus procedimentos.

Por exemplo, muitas organizações acreditam que um só plano vale para qualquer tipo de situação, incluem anexos e mais anexos de situações possíveis, mas estes não possuem realmente peso, acabam generalizando e voltando a estrutura inicial do plano.

O perigo desta abordagem é que as organizações não entendem a magnitude do ciclo de gestão de emergência e resposta a incidentes específicos que é um componente deste ciclo.

Portanto, a organização tem a falsa sensação de segurança presumindo que eles têm procedimento de emergência para tudo, mesmo que seja superficial.

Falta de liderança e suporte (essa é fácil e manjada, alguém discorda?)

Uma das razões mais comuns para os esforços de gerenciamento de emergência fracassarem são os que não possuem o nível apropriado de suporte da liderança.

Mesmo que os mais lindos e bonitos procedimentos escritos estão dizendo que a inclusão da gestão liderança está no topo, ainda sim as palavras não se traduzem em ações.

Isto não significa apenas a falta de orçamento ou priorização, embora isto é crítico.

Em uma gestão de emergência, o planejamento para ter sucesso, precisa do apoio ativo da alta direção e mais do que tudo, reforçar as mudanças de comportamento de todos na organização em relação ao entendimento da importância da gestão.

Apoio da direção é fundamental para remover as resistências em toda a organização e entre departamentos.

Planejamento de emergência é uma destas atividades que ultrapassa os limites dos departamentos e até das comunidades a volta, necessita engajamento de todos.

Essas atividades normalmente exigem a inclusão de responsabilidades adicionais, passa por todo os setores da organização, não é exclusiva do QSMS-RS.

Por exemplo, todas as áreas passam pela necessidade de inspeções e auditorias de gestão de emergência para garantir que o programa funcione efetivamente.

Falta de competência

Outra razão muito comum porque a gestão da emergência falha é falta de profissionais habilitados para redigir os procedimentos e comandar os simulados

Sem falar de quem participa no fluxo de ações do plano, no comitê de crise, não possuem perfil ou estrutura emocional para participar com uma grande pressão até a conclusão dos trabalhos.

Auditei e ainda continuo auditando planos de emergência para várias organizações e é impressionante de como encontro copias idênticas de um plano de uma empresa para outra, mas que são de segmentos econômicos totalmente diferentes ou seja: COPIA E COLA, que vergonha!

Ignorando todos os sinais e avisos ao seu redor

Não enxergar o óbvio, quero dizer: Grandes acidentes enviam vários pequenos sinais de que algo está para acontecer, e não investigar as causas destes sinais ou desvios é fatal.

Infelizmente, muitas dessas organizações não percebem ou melhor, relegam os sinais de riscos com grande potencial gritando a sua frente até que seja tarde demais.

Empurrar com a barriga as ações, achando que nunca vai acontecer.

Este item, é o Top dos Top em pontos em comum, “Não tem pressa, deixa para depois, não temos orçamento, não vou incomodar o diretor com algo que você acha que pode acontecer.

E se adiam as decisões do planejamento para emergência ou até mesmo não tomam quaisquer ações.

Suposições equivocadas

Muito comum, acreditar que depois de um treinamento de algumas horas, simulados com hora e dia marcados para não atrapalhar a produção, assumir que tudo ocorrerá conforme planejado naturalmente

Percepção de risco

Aí pega, até porque percepção de risco de cada um sofre influência cultural e social.

Em meus treinamentos de percepção de riscos e gestão destes sensibilizar as pessoas de que existe risco e tem grande potencial é uma tarefa árdua.

Fico impressionados como existem treinamentos enlatados de “grife “que são realizados em empresas (são todos iguais) e no final depois s de tantas horas não só quem contratou, mas até mesmo o profissional que mitra o curso acredita que agora vai dar certo!!

Colaboradores devem possuir entendimento dos diferentes riscos e perigos que podem afetá-los durante atividades laborais.

Isto é crítico na mitigação destes riscos e responder adequadamente a uma emergência que possa ocorrer a fim de proteger vidas, meio ambiente e propriedade.

Para planejar efetivamente para as emergências/grandes crises, as organizações devem substituir suposições com fatos, antecipar o futuro, adaptar-se ao presente e aprender com o passado.

Qualificação continua, treinamentos, simulados, buscar perfis com liderança e estrutura emocional na hora da crise devem ser prioridades quando se trata do planejamento e gestão de emergências.

Se as empresas não conseguem aprender a planejar com sucesso para emergências e crises, melhor então estarem se preparando emocionalmente para emoções fortes quer virão

Questão de tempo, para acontecer.

Estamos juntos!

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