Quando uma Head Hunter me ligou logo nos inícios dos anos 2000 e, mencionou o acrônimo ESG na conversa ,não entendi muito bem do que tratava , nesta época atuava como diretor de Sustentabilidade para projetos que estavam dispersos em mais de 9 países pela Africa, eram dezessete construções de grande porte , não tinha muito tempo para ficar de mimimi ao telefone , e vamos falar a verdade, nunca tinha ouvido falar do assunto e, não tinha a menor ideia do que se tratava, mas como estava cansado de estar algum tempo baseado no deserto do Saara, decidi escutar.
“Roberto, temos uma vaga aberta para Vice-presidência de ESG para um dos maiores fundo de investimento do mudo, te interessa? “
O que é ESG, para que serve essa coisa? Me perguntava enquanto ela falava pelo telefone
E fundo de investimentos, o que eu entendo disso?
Pois bem decidi, vamos escutar e, o melhor de tudo disse que me pagava uma passagem e hospedagem para encontrá-la la em Paris para entrevista.
Resumindo, aceitei; O salário era tão bom, tão bom e, os bônus anuais nem se fala e ia morar em Dubai, que aliás já tinha trabalhado antes la por dois anos e odiei (outra história), mas era melhor de onde eu estava (Djibuti)
Vamos encarar essa, pensou esse carioca aqui com 50 anos de praia de Copacabana e já tinha quase 30 anos trabalhando entre África Asia e Oriente Médio;
Na primeira reunião com O CEO e o board escutei, você vai ser responsável para realizar due diligencies em ativos e empresas para verificar e elas estão dentro do viés do ESG ou melhor praticam responsabilidade socioambiental com o seus stakeholders
Sim, ESG é o risco do negócio e consequentemente valorização da marca.
Nada mais nada menos;
Mas quando muitos falam em práticas empresariais responsáveis, é comum que os termos ESG e sustentabilidade sejam usados de forma intercambiável.
E não são e, nem deveriam ser.
No entanto, é bom entender que, embora relacionados, esses conceitos são distintos e têm implicações diferentes para as empresas e investidores.
É um conceito muito amplo em termos de riscos de investimentos e muito mais abrangente que a sustentabilidade Corporativa, o ESG é voltado para o mercado financeiro e seguradoras
Enquanto a sustentabilidade corporativa tradicionalmente foca na capacidade de manter processos ecologicamente corretos ao longo do tempo, com ênfase particular nas questões ambientais, o ESG engloba uma gama mais ampla de fatores que afetam o desempenho e a longevidade de uma empresa.
O pilar ambiental do ESG certamente se sobrepõe a muitos aspectos da sustentabilidade, abordando questões como mudanças climáticas, eficiência energética e gestão de resíduos.
No entanto, o ESG vai além, incorporando aspectos sociais, como relações trabalhistas, diversidade e impacto nas comunidades, e de governança, que incluem ética empresarial, transparência e estrutura de liderança.
Esta distinção é fundamental para entender por que o ESG se tornou um imperativo no cenário empresarial contemporâneo.
Não se trata apenas de ser “verde” ou ecologicamente responsável, mas de adotar uma abordagem holística que considera o impacto total de uma empresa em seu ambiente operacional e na sociedade como um todo.
Neste contexto, o ESG emergiu como uma ferramenta crucial para avaliar a saúde geral e a sustentabilidade de longo prazo de uma empresa, indo além das métricas financeiras tradicionais.
Esta abordagem mais abrangente tem ganhado cada vez mais relevância para empresas que buscam não apenas o sucesso financeiro, mas também a longevidade e a relevância em um mundo em constante transformação.
O conceito de ESG tem suas raízes em 2004 quando algumas instituições financeiras a integrar fatores ambientais, sociais e de governança em suas análises de investimento e processos de tomada de decisão.
Desde sua concepção, o ESG evoluiu significativamente:
O ponta pé inicial sem dúvida é em 2006 com o lançamento do PRI (Princípios para o Investimento Responsável) fornecendo um framework para a integração de questões ESG nas tomadas de decisão de investimento.
Chegando em 2017 com impacto muito forte com as recomendações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), enfatizando a importância da divulgação de riscos climáticos., tema bem atual nesses dias.
Bom lembrar!!!!
ESG e sustentabilidade corporativa, embora relacionados, não são sinônimos.
A sustentabilidade corporativa tradicionalmente foca na capacidade de manter processos ecologicamente corretos ao longo do tempo, com ênfase particular nas questões ambientais.
O ESG, por outro lado, é um conceito mais abrangente que engloba na parte ambiental; temas como as Mudanças climáticas, emissões de carbono, poluição do ar e da água, biodiversidade, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos e, escassez de água entre outros temas não menos importante.
Estamos juntos