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Eficiência na gestão do licenciamento ambiental, valor intangível.

Tive a honra de ser convidado a participar em um debate, em que o tema seria ESG e seus princípios, sustentabilidade e impactos socioambientais das organizações de energia e mineração e óleo e gás em Londres

Falar sobre ESG ou  Sustentabilidade Corporativa não é tarefa fácil mesmo para quem tem paixão e alguma experiência no assunto, pois o questionamento por parte dos participantes é bem comum e forte quanto suas ações se são mesmo sustentáveis ou não, se não é apenas green washing etc.

E quando se fala sobre o impacto socioambiental que seu empreendimento causa você tem que estar bem muito bem-preparado para o debate, pois não existe mais ninguém que não domine e entenda do assunto.

Sou do tempo que sustentabilidade era só referida quando se falava em recursos renováveis.

E quando surgiu o tema nos anos 80, abracei como um eco chato.

Com a evolução do tema foi se tornando mais abrangente, entrou o social e outras perspectivas do que seria ser Sustentável.

Passados os anos, comecei a trabalhar em grandes corporações e claro, se existe o tema Sustentabilidade é porque existe um negócio e o foco é no negócio com resultado e que seja sustentável.

Sem o negócio não estaríamos tocando no tema, fui bem claro no início da minha explanação aos participantes do debate.

É inconcebível falar de qualquer negócio nos dias de hoje independentemente do tamanho que não esteja ligado à sustentabilidade, também fiz questão de ressaltar.

Dito isso, me preparei para a explanação e o debate que viria a seguir, pois uma plateia cheia de estudantes, sem dúvida perguntas viria com emoção sobre a proteção ao meio ambiente e ser ou não ser sustentável verdadeiramente.

Quando você trabalha muitos anos na indústria do óleo e gás, energia, mineração e construção pesada, e é responsável da gestão de ESG /  QSMS-RS e Sustentabilidade, não é uma função das mais fáceis a se exercer,

São atividades que causam grande impacto socioambiental e são ações muito visadas pela sociedade sem contar com a grande quantidade de leis, normas e resoluções na área do trabalho e meio ambiente que devem ser muito bem gerenciadas.

Mas a verdadeira experiência adquirida nestes anos lhe fornece a tranquilidade necessária para poder responder a todas as dúvidas que se possam surgir durante o tema.

Ainda mais no Brasil e na região amazônica onde nossa legislação é bem draconiana.

Já participei em licenciamento de vários tipos de projetos que vão de perfuração a abertura de minas e hidroelétricas nas selvas Africanas e do Oriente, mas nada se compara na região amazônica quanto à questão de condicionantes e sua gestão pós-licenças obtidas.

E no calor das discussões, sempre é bom lembrar, e eu o faço sempre!

Que nem sempre se atenta para o fato da existência e o uso de celulares, carros, computadores etc. se deve os estes setores da economia e ninguém mais imagina como seria a vida sem eles.

“Trabalhar com paixão, dedicação e transparência focando no resultado para ser um negócio sustentável é importante, mas palavras não bastam.

É fundamental demonstrar transparência!”, isso chama-se GOVERNANÇA

Após minha apresentação, vieram as perguntas e o debate.

Como todo e bom estudante que nós fomos, perguntas provocativas vieram.

As de sempre quanto a impactos socioambientais e outras relacionada ao tema.

Mas uma chamou mais atenção e é o motivo deste texto.

Foi a quanto conhecimento por parte da plateia e a preocupação com a existência do licenciamento ambiental, se era válido?

Se não era uma indústria criada para criar dificuldades e vender facilidade? Se as agencias ambientais faziam o certo etc. E se depois de licenciado o trabalho terminava por aí?

Pronto, aí estava à diferença entre o mundo do achismo e academicismo do debate para o mundo dos negócios e chance para poder explicar a plateia quão tão difícil e importante é a gestão ambiental em uma indústria.

Na realidade e na prática, é que depois da obtenção da licença, se começa realmente a gestão de sustentabilidade do negócio.

Entre licenças, outorgas e outras tantas autorizações, com estas vem as condicionantes e obrigações legais.

E a sua gestão tem que ser muito eficiente e muito bem conduzida por seus gestores, qualquer deslize inviabiliza o negócio.

Se você gestor não tiver uma equipe muito bem qualificada para acompanhar a entrega dos relatórios, cumprir o prazo. Sua empresa fecha!

Como gestor já tive a experiência de ter em uma só unidade a responsabilidade junto a nossa equipe, a gestão de mais 60 licenças ambientais e 700 condicionantes ao mesmo tempo e gerenciar a entrega aos órgãos competentes a cada três meses, enormes relatórios sócios ambientais com o rigor do compromisso de entregar dentro do prazo e sempre atentos aos custos destas ações.

Uma boa gestão do licenciamento ambiental deve ser considerada fundamental perante a direção, é uma condição essencial e “sine qua non” para o funcionamento da organização.

A inexistência desta gestão das licenças é uma ameaça constante ao negócio, visto que a pressão pela conformidade socioambiental de não só se limita aos órgãos públicos encarregados do controle ambiental.

Nesses novos tempos, a conformidade socioambiental das empresas é um tema que extrapola a administração pública do meio ambiente e se alastra nos diversos setores das partes interessadas, que, mediante a constante vigilância das ONGs, exige dos empreendedores uma enorme atenção quanto à gestão ambiental.

Igualmente, o Ministério Público encontra-se atento aos menores deslizes no que se refere à observância das leis ambientais.

Os próprios organismos financeiros, cada vez mais, exigem padrões ambientais adequados para a concessão de empréstimos.

O licenciamento ambiental e sua gestão, nesse caso, é a exigência mínima que estabelecem como pré-requisito para liberação de empréstimos.

Valorizar a gestão da licença ambiental é extremamente importante para todas as empresas que prezam o seu bom nome e que buscam dar cumprimento às normas legais em suas atividades.

A pressão da sociedade sobre o órgão ambiental tem sido enorme e os custos sócios ambientais só tendem aumentar.

Uma empresa licenciada ambientalmente e com uma excelente gestão desta deve ser considerada como possuidora de um ativo intangível da maior importância, pois tem a garantia de operar sem os sobressaltos normalmente causados pelas questões dos impactos socioambientais.

Estamos juntos!

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