Sou fã da caminhada de QSMS.
Desde que não seja impulsionada por um desejo insaciável de descobrir o que esses colaboradores irritantes estão fazendo “mal” ou inseguramente.
Uma vez identificado um pecado tão grave, um líder pode lidar obedientemente com tais “violações” através de várias ações corretivas.
Se o seu objetivo como líder é esmagar a moral e a confiança da equipe, basta ter o foco em um KPI para sua equipe de segurança e, isso vai acontecer em pouco tempo!
(Não estou brincando: muitas empresas têm 5 KPIs [dar ou receber] como ‘caminhadas de segurança ‘ por mês!).
Aconteceu comigo em um dos projetos que participei na África
‘João ‘ era um gerente da segurança ” da velha guarda l” na indústria ferroviária no Brasil.
Ele estava vivendo e trabalhando no Rio Grande do Sul, onde o mês frio é quase uma constante.
Uma oportunidade surgiu quando a nossa organização anunciou internamente uma vaga para um gerente sênior de segurança na África, mais precisamente no Congo.
Interessado em escapar do frio, João se candidatou para a posição (claramente ninguém havia mencionado os crocodilos comuns à área, campo minado, war lords etc !).
João chegou ao aeroporto, e quando ele saiu do avião, o calor e a umidade o atingiram como um tijolo!
Quando ele caminhou da porta do avião até o prédio do terminal, suas roupas estavam encharcadas de suor.
Às 6:00 da manhã da manhã entrou no local dos escritórios onde estava a turma do QSMS-RS onde foi apresentado à sua equipe de segurança.
Interessado em se estabelecer em seu novo papel, e demonstrar sua autoridade ele decidiu sair imediatamente no campo.
Foi levado para o pátio de manutenção ferroviária, colocou EPI e caminhou até onde uma equipe estava se preparando para fazer algum trabalho de soldagem.
Sem apresentações, João, começou a observar o soldador.
Depois de um minuto ou dois, se aproximou do soldador e pediu que ele parasse de trabalhar.
Mais uma vez, sem qualquer introdução, falou !
Você está soldando com uma máscara facial, mas você deve ter óculos por baixo também isso é uma violação!
De repente, o pátio ferroviário que era até então um local de trabalho barulhento, ficou em silêncio.
“Quem é você?”, perguntou o soldador (com uma ênfase notável na última palavra!).
“Eu sou o novo gerente de segurança ” respondeu João “e falou;
Estou aqui há 10 minutos e eu já peguei uma violação grave, está tudo errado!!
E começou a regurgitar padrões de segurança vitorianos, políticas e procedimentos como um fanático religioso recita versículos bíblicos.
“Não” rebateu o corajoso soldador. “Não é uma violação”.
O rosto do João avermelhado e ele olhou para o impertinente.
Estava prestes a citar capítulo e verso, mas o soldador o cortou.
“Nos meses de verão, a umidade aqui em cima faz com que os óculos embaçam e obscureçam nossa visão, por isso é mais seguro usar apenas uma máscara bem equipada essa é a política aqui em cima faz tempo fale com o teu chefe (Era eu ,rsrs) “.
Se João tivesse tanta humildade quanto conhecimento dos Padrões de Segurança Vitorianas, ele poderia simplesmente ter se desculpado, e admitido que tinha muito a aprender sobre as diferenças entre como o trabalho é feito em diferentes lugares.
Infelizmente, o superpoder do João era arrogância, então ele disse.
“Bem, eu vou verificar quando eu voltar para o escritório eu quero ver quem assinou isso!”
Quando ele saiu, me confessou que ouviu alguém dizer “BABACA ” mas ele continuou andando.
Não é difícil imaginar a conversa que aconteceu entre a equipe de manutenção depois que ele deixou a área.
Nem surpreenderia ninguém o quão rapidamente a palavra se espalhou pelo site.
É difícil voltar de tal episódio, especialmente quando você não tem humildade.
Meu amigo João estava assumindo uma intenção negativa.
Seu enquadramento habitual de “pessoas como um problema a ser resolvido” levou-o a procurar comportamentos que violassem suas normas pré-concebidas.
Quando sua caçada é bem-sucedida, ele consegue exercer sua autoridade e punir o infrator.
Essa abordagem tradicional destrói a confiança, destrói a segurança psicológica e inibe a força de trabalho de compartilhar ideias, preocupações, desafios e questões no futuro.
PS; Sabe o que aconteceu com o João, veio a mim meses depois, pediu para voltar para terrinha e trabalhar na oficina de novo.
O trecho é para os fortes!
Estamos juntos