Roberto Roche & Associados – Gestão em QSMS-RS e Sustentabilidade

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Valor Compartilhado & ESG, não tem volta!

Um dos maiores desafios no âmbito do ESG é definir o que ele demanda das organizações

O que é ser uma organização dentro s dos princípios do ESG , com tantos novos conceitos e critérios, inseridos a cada dia mais, na gestão empresarial?

Com uma visão ampliada sobre “Ser ESG “, não poderia deixar de falar sobre a importância do “Valor compartilhado”, talvez um pouco esquecido nas organizações

Minhas primeiras experiências foram em projetos na América Central e Ásia.

Desde então, me apaixonei pelo conceito e passei a incorporar a minha visão do que é uma empresa sustentável.

Recém-chegado do Congo (África) onde estamos desenvolvendo com sucesso este conceito e implantado em uma multinacional de alimentos.

Conversando com os colegas aqui no Brasil vejo que muitos ainda estão com dificuldades em implantar e encontrar apoio em suas organizações.

Então por que não escrever um pouco sobre este conceito e levar a reflexão?

Com a expansão demográfica, econômica e por uma desatenção dos governos e das organizações.

Surgiram diversos problemas sociais, ambientais, de saúde e outros que afetam as comunidades.

Aumentar os lucros dos seus acionistas, estando indiferente aos aspectos sociais, era a visão empresarial até poucos anos.

Com a evolução dos tempos, assistimos ações de filantropias, doações para ONGs, criação de fundações, voluntariado dos funcionários etc.

Mas nem de perto amenizaram os problemas que as comunidades enfrentam.

Aí assistimos à chegada da responsabilidade social, com balanços sociais e relatórios sobre impactos da empresa na comunidade.

Mas, mesmo assim como a filantropia, a responsabilidade também não resolveu o problema.

Diante destes fatos e observações, surge o conceito, “Valor compartilhado”.

Onde consiste em criar valor econômico na resolução de problemas sociais.

Ou seja, em uma relação comercial por exemplo, entre as indústrias de alimentos e seus fornecedores seja de produtos ou serviços, pagar mais não resolve o problema.

Mas ensinar novas técnicas agrícolas, cursos profissionalizantes, financiar a produção, contribuir para o aumento da sua produtividade e lucratividade, ajuda o problema de baixa renda do produtor e da comunidade

Na visão do valor compartilhado, se é ruim para comunidade, também é ruim para empresa.

Acidentes ambientais, má gestão hídrica, muitos acidentes de trabalho, entre outras situações são bons exemplos.

Valor compartilhado não é responsabilidade social, caridade, filantropia nem tão pouco mesma sustentabilidade.

Mas uma meta de obter sucesso econômico através de políticas e práticas operacionais que aumentam a competitividade de uma empresa.

Ao mesmo tempo em que melhoram as condições socioeconômicas nas comunidades em que a empresa atua.

A visão e objetivo da geração de valor compartilhado é identificar e ampliar o elo entre o progresso social e o econômico.

O valor compartilhado tem evoluído como uma tendência em diversos segmentos econômicos com a vontade de mudar a transformação no pensamento administrativo.

Em economias mais desenvolvidas a demanda de produtos e serviços que atendem às necessidades da sociedade vem rapidamente crescendo.

E a sociedade começa a cobrar e se interessar.

Organizações obtém vantagem competitiva pelo modo em como configura sua cadeia de valor, ou a série de atividades envolvidas na criação, produção, venda, entrega e suporte de seus produtos e serviços.

O primeiro passo para gerar valor compartilhado, é olhar a cadeia de valor da empresa e descobrir quais questões sociais e ambientais sofrem o maior impacto de suas atividades.

É preciso descobrir onde os impactos das atividades da empresa são substanciais e quais os ambientes externos que a afetam.

Partindo deste princípio, identificamos as áreas em que podemos fazer uma grande diferença, e nesse ponto que a responsabilidade social empresarial passa a ser mais eficiente.

Mitigar os impactos socioambientais, é o grande desafio, e algo que deve ser feito tendo como base as melhores práticas de quem atua nesse mercado.

O grande salto acontece nas áreas em que a empresa pode fazer uma grande diferença.

Um case de sucesso.

No Congo, em uma cidade perto de Libreville onde existe uma processadora de alimentos de uma multinacional.

Iniciamos um processo no qual ajudamos a implantar centrais de recebimento, e dar uma melhorada no pé-beneficiamento do produto, agregando valor para depois entregar a planta.

Oferecemos assistência técnica aos agricultores, enviando equipes de agrônomos, biólogos, técnicos agrícolas e iniciamos diversos cursos profissionalizantes.

Hoje, esta organização compra de mais de 5000 agricultores daquela região.

Podemos observar as melhores condições sociais e um padrão de vida superior a regiões semelhantes na região.

Essas ações causam um impacto que faz a diferença para essas famílias.

Quanto aos aspectos dos impactos ambientais, pudemos notar uma diminuição das doenças causadas pela contaminação do solo e da água, devido nosso apoio técnico

É um impacto social de grandes proporções, inserindo toda uma diversidade de pessoas na cadeia produtiva.

Isso é, “Valor compartilhado” inserido nas missões e valores de uma empresa onde a meta é ser Sustentável no mais amplo sentido do conceito.

Estamos juntos!

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