Assistimos muitas organizações gritando sou carbono Zero, Neutro e até negativo!
Aliás espero que turma que tenha ido a COP26 (trabalhar, rsrs) compense suas emissões.
Mas a pergunta que não se quer calar!
Vai ser carbono zero para os 3 escopos, mesmooo ou só 1 ou 2? rsrs
Tem gente que engasga quando eu pergunto.
Muitos tem assumido compromissos para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) de suas operações, como o ar-condicionado em edifícios ou eletricidade de escritórios, também conhecido como escopo 1 e 2.
Com promessas mais ambiciosas sendo feitas para serem zero ou neutras em suas pegadas carbono, as organizações agora devem responder pelas emissões do escopo 3, que muitas vezes podem incluir até 90% das emissões totais de uma empresa, dependendo da indústria.
Como a divulgação de GEE continua sendo uma parte central dos relatórios ambientais, é importante que as empresas incorporem o escopo 3 para entender o quadro geral de onde os focos de emissão estão na cadeia de valor e usar essa análise para desenvolver metas e metas estratégicas.
O que é o Escopo 3?
O escopo 3 é definido como emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor.
As emissões são classificadas em 15 categorias, conforme definido pelo Protocolo de Gases de Efeito Estufa, incluindo bens de capital, investimentos e deslocamento de funcionários.
Muitas vezes há desafios na avaliação e cálculo das emissões do escopo 3, já que muitas vezes não estão no controle direto de uma empresa.
Os dados necessários para calcular o escopo 3 podem variar amplamente, ao contrário do escopo 1 e 2, que dependem fortemente de contas de luz e registros de consumo.
Por exemplo, para categoria 1: Bens e Serviços Comprados, você pode precisar contratar sua equipe de Compras para coletar dados de gastos em toda a empresa.
Para a Categoria 4: Transporte e Distribuição Upstream, você pode trabalhar com suas equipes de Supply Chain e Logística para entender a origem e os locais de destino dos portos para todas as importações, o modo de transporte e a distância percorrida para cada importação.
O Processo de Cálculo
– Identifique suas categorias relevantes.
Provavelmente, nem todas as 15 categorias serão relevantes para sua empresa.
Para alguns, isso será óbvio, por exemplo, sua empresa não possui nenhuma Franquia (Categoria 14).
Outros podem ser mais ambíguos, e você pode precisar fazer mais escavações e avaliá-los mais.
Revise cada descrição da categoria para entender melhor o que entra em cada categoria e quais atividades em sua empresa seriam incluídas para cada uma.
E lembre-se, só porque você não pode controlar diretamente as emissões de uma categoria não significa que é irrelevante.
– Revise quais dados coletar.
Cada descrição da categoria contém uma seção que mostra a metodologia de cálculo e os dados necessários para o cálculo, com algumas categorias que apresentam métodos diferentes.
Por exemplo, categoria 2: Bens de Capital, tem quatro métodos de cálculo diferentes, como o método “específico para fornecedor” ou “híbrido”.
– Reúna os dados e construa um inventário simplificado.
À medida que uma empresa coleta cada vez mais dados de sua cadeia de valor, o inventário pode facilmente se tornar avassalador.
Durante este tempo, é melhor organizar o que foi coletado da forma mais perfeita possível para que os cálculos ano após ano possam ser realizados e o progresso em relação às metas possa ser medido.
Isso significa garantir que as bases de dados sejam preenchidas com todos os pontos de dados necessários para que os cálculos sejam fáceis de navegar através da filtragem, e sejam consistentes de ano para ano.
– Calcular as emissões da categoria.
Depois que os dados foram coletados, você está pronto para os cálculos. Consulte a descrição da categoria para encontrar a metodologia de cálculo apropriada. A produção deve fornecer as emissões totais para essa categoria.
– Entenda (e documente) suas limitações.
Disponibilidade e qualidade de dados podem estar faltando para algumas categorias.
Portanto, é importante anotar quaisquer suposições ou estimativas, para que elas possam ser contabilizadas no futuro.
Por exemplo, digamos que o único método de cálculo que pode ser realizado para a Categoria 1: Bens e Serviços Adquiridos é usar o método de gastos, onde os dados necessários para calcular este é o valor total gasto em todos os bens e serviços adquiridos.
Embora o uso deste método forneça uma estimativa de emissões com base nos gastos, é apenas uma estimativa.
Na maioria dos casos, o uso do método específico do fornecedor, que requer a obtenção de dados diretos de fornecedores, fornecerá um número mais preciso, mas isso pode ser extremamente difícil de obter.
Este é um caso em que você gostaria de documentar para obter dados precisos no futuro.
– Faça uso de seus dados.
Depois de calcular suas emissões, agora você está pronto para utilizar essas informações para fazer a diferença em sua organização.
Os dados podem ser usados para relatórios de divulgação, para ajudar a certificar para alvos baseado sem ciência, ou para descobrir pontos quentes na cadeia de valor para se concentrar em alvos específicos.
Quantificar o escopo 3 possa ser desafiador é importante lembrar que a estrada para a construção de um inventário minucioso é uma jornada.
Se sua equipe de sustentabilidade está apenas começando a olhar para quantificar suas emissões de escopo 3, eles devem começar com categorias com dados mais acessíveis mesmo que essas emissões representem apenas uma pequena porcentagem do quadro geral.
Estimativas aproximadas podem ser facilmente alcançadas com recursos softwares, onde apenas os dados de gastos são necessários por categoria.
Plataformas disponíveis no mercado existem para ajudar na coleta de dados de fornecedores e parceiros.
Uma vez que os dados necessários são mais acessíveis, você pode refinar ainda mais seus cálculos e fechar suas lacunas.
Estamos juntos