Crises em organizações estão diretamente conectadas a falta de governança quanto aos riscos dos impactos socioambientais em suas decisões.
Muitas levantam bandeiras, afirmam lutas, divulgam ações ligadas ao ESG
Este é, afinal, o “marketing” do século.
Não é à toa que maioria dos diretores de ESG ou Sustentabilidade são jornalista/comunicação ou de marketing.
Está mudando é claro, pois agora tem quem entender do assunto e saber como chegar lá, não basta mais ficar só divulgando
A realidade é que ao trabalhar as práticas/riscos ESG, quem não começar pelo G, terá um resultado sem consistência, podendo gerar riscos de imagem e reputação.
Pesquisas divulgas na mídia mostram que diversas companhias têm projetos ou programas voltados ao ESG, principalmente em relação às métricas ambientais, porém, menos de 40% afirmaram o mesmo sobre o cumprimento de metas sociais e de governança.
Rompimento de barragens, passivo ambiental nas suas indústrias, alta taxas de acidentes de trabalho, são exemplos de como esse dado pode ser considerado grave para gerar uma crise de reputação.
Levam-se anos para construir uma boa imagem, e só é preciso de minutos para degradá-la.
Depois não adianta gastar uma fortuna dizendo que faz simulados com as comunidades (agora? depois de 02 rompimentos), tem um plástico biodegradável (vai dizer isso para as comunidades que estão vendo suas casas desparecerem), etc
Ativos intangíveis como a reputação chegam a corresponder a até 80% do valor de mercado de uma instituição e as expectativas que os stakeholders possuem em relação às instituições afetam diretamente o que elas representam para o mercado.
E a reputação é algo que custa caro, muito caro.
As organizações despencam de posições nas quais antes figuravam, dentro das nas principais listas de negócios bem-sucedidos ou milionários, porque não possuem uma governança consistente com as práticas de ESG.
Outro exemplo disso é a imagem arranhada de uma grande rede de supermercados que estampou noticiários e redes sociais com acusações de racismo.
O fato gerou uma crise e serve de lição para outras empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, sobre as suas políticas internas de mitigação de riscos ligadas aos ESG.
Ao “levantar a bandeira”, é preciso mostrar e explicar como e por que se faz.
“A transparência é um dos pilares da Governança Corporativa que, por sua vez, faz parte do atual conceito do ESG.
As empresas deixam de focar apenas na propaganda por si só, e começam a pensar na construção dessa reputação muito ligada aos apelos emocionais.
Uma marca pode ser a representatividade de qualidade de produtos e serviços, mas é também aquela que respeita ou não o cumprimento das suas promessas.
Estamos juntos!