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“Commodities ambientais”​, a importância para a responsabilidade socioambiental das organizações

Não é incomum ser questionado quando realizamos due diligencies de risco socioambiental, auditoria de princípios do Equador, Padrões IFC para as organizações, o por que Commodities Ambientais, são tão importantes?

As commodities ambientais são mercadorias originadas de recursos naturais em condições sustentáveis e são os insumos vitais para a manutenção da agricultura e da indústria, como por exemplo: água, energia, minério, biodiversidade, madeira, reciclagem e controle de emissão de poluentes (água, solo e ar).

A matriz água, bem como as outras matrizes, podem ser tratadas como reprodutoras de commodities ambientais somente se as variáveis sociais nível de educação, distribuição de renda, saúde, empregabilidade dos cidadãos forem levadas em consideração e se houver a participação da sociedade na manutenção, destinação, administração e principalmente na comercialização, de acordo com leis claramente estabelecidas.

 Isso preservaria a soberania nacional dos povos e também contribuiria para erradicar a fome e a miséria em nível global, com respeito às leis naturais.

 Estes commodities obedecem a critérios de extração, produtividade, padronização, classificação, comercialização e investimentos e têm um tratamento diferente daqueles produtos chamados, no jargão do mercado financeiro, de “commodities” (mercadorias padronizadas para compra e venda).

Não são assim, mercadorias que se encontram na prateleira dos supermercados, na lista de negócios agropecuários, nem entre os bens de consumo em geral industrializados, mas estão sempre conjugados a serviços socioambientais como o ecoturismo, turismo integrado, certificação, educação, marketing, comunicação, saúde, pesquisa, história entre outros.

No mercado de commodities ambientais, os fornecedores e produtores são a população carente, os indivíduos que podem representar, ou melhor, já representam riscos sociais.

O cidadão de baixa renda que mora próximo a mananciais, o colono que queima a floresta nativa para ampliar sua área agriculturável convertem-se em proprietários de commodities ambientais, ou seja, figuras centrais deste mercado.

 Encontram aqui uma alternativa de subsistência, o direito a um trabalho, uma luz para sua autoestima, a promoção da cidadania e da recuperação social.

De tal modo que, nenhum “ativo”, cuja propriedade é da sociedade, ou seja, dos cidadãos, e cuja função é otimizar o usufruto aos demais cidadãos do planeta pode ter um tratamento meramente financeiro.

Transformar água em papel é fácil, mas a questão é fazer disto uma commodity ambiental!

Para melhor compreensão, as “commodities tradicionais” ‘(ou convencionais) são mercadorias padronizadas para compra e venda, ou seja, tudo o que está na prateleira do supermercado.

Por exemplo, dentre as “commodities tradicionais” encontram-se garrafas de água mineral, todas iguais e com a mesma quantidade, o mesmo critério de engarrafamento, o mesmo tratamento fitossanitário.

 O consumidor que compra uma “commodity tradicional” exige certificado de qualidade, selos que comprovem a fiscalização sanitária e, nos dias de hoje, questiona se se tratam de alimentos transgênicos ou orgânicos.

Para ser uma “commodity”, o produto passa por uma série de exigências de comercialização, tributação e transporte, além de enfrentar negociações com os agentes internacionais na sua colocação no mercado externo.

A “commodity” disputa espaço enfrentando embargos, barreiras tarifárias e não-tarifárias, como se pôde verificar no caso da carne brasileira, embargada por um curto período em decorrência de suspeitas de contaminação pelo vírus do COVID 19

Pelo mesmo crivo passam as “commodities ambientais”.

Assim, “Blog:” não é algo tão simples como retirar orquídeas, bromélias, xaxins entre outros da Mata Atlântica e vender em mercados e estradas, tal qual muitos fazem, sem qualquer sustentabilidade.

Desta forma, os serviços ambientais podem formar os laços entre o ser humano e o meio ambiente representando uma perspectiva de “mercado consciente”.

 E as organizações, no exercício de sua responsabilidade socioambiental, podem responder às necessidades de curto e médio prazo para a construção participativa e integrada da Bolsa de Commodities Ambientais.

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