Roberto Roche & Associados – Gestão em QSMS-RS e Sustentabilidade

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Ignorância sobre os riscos, o que pode dar errado?

Sempre depois dos meus treinamentos/palestras sobre comportamento seguro ou visão ampliada em QSMS-RS e sua gestão, surgem os por quês depois de exercícios que aplico.

Quando a tragédia acontece e um colega de trabalho morre, balançamos a cabeça em perplexidade e perguntamos por que alguém faria algo tão imprudente?

Como alguém pode ser tão estúpido?

Por que alguém arriscaria sua vida para economizar alguns segundos?

Quando rompeu a barragem, depois do espanto, começaram as perguntas :Por que nunca se preocuparam com o risco? Mapeamento e gestão dos stakeholders? Zonas de auto salvamento, simulados com as comunidades?

Depois que a vaca para o brejo …………., sempre vem esses por quês!

Ignorância ou desprezo sobre RISCOS?

Revisando as barreiras de mitigação em processos, sempre recebo comentários críticos tipo: QUE EXAGERADO ESSE CARA!

Outro dia fui chamado de medroso por uma profissional de relações com as comunidades (pois ela dizia que tinha experiência e não tinha risco nenhum, em ir assim….. sem preocupação !!, rsrsrs), quando disse a ela que deveríamos ir com calma nos trabalhos antes de adentrar deveríamos avaliar a situação etc , antes de interpelar os moradores.

 Mas então, aqui entre nós, quem nunca ignorou o risco joga a primeira pedra.

Ignorar o risco, nos ajuda a viver.

Se não ignorássemos os riscos, nunca poderíamos cozinhar, comer em um restaurante ou dirigir.

Em todos estes casos, temos de ignorar o risco de nos colocar em estreita proximidade com um fogão quente, frigideiras, utensílios afiados, ou óleo quente.

Você duvida de mim? Considere restaurantes.

Comemos alimentos criados por estranhos, colhidos por estranhos, processados por estranhos, transportados por estranhos, inspecionados por estranhos, cozidos por estranhos, e servidos a nós por estranhos em pratos lavados por estranhos, tudo em um prédio construído e inspecionado por estranhos.

Mas continuamos a ir a restaurantes e lanchonetes

Nem vou falar sobre beber um copo de cerveja ou usar o celular dirigindo, perda de tempo né.

Eu acho que vale a pena considerar que a maior causa de morte no local de trabalho se enquadram desde cultura da empresa até comportamento.

Mas aí deixo para os MASTER, BLASTER E EXPERTS no assunto turma da “NOVA VISÃO”.

Eu sou um profissional que tem 17 fatalidades baixo minha gestão na linha de frente em +35 anos na área de QSMS-RS & Sustentabilidade, então falar de segurança me dá um pouquinho de voz sobre o assunto.

Roberto, aonde você quer chegar?

Não sei!

Só sei que se seus valores influenciam no que é risco ou não.

E por comodidade sempre mudamos a realidade do que é risco ou não.

Ai depois do acidente todos gritamos e culpamos algo ou alguém!

Vejamos alguns exemplos da nossa cultura/sociedade no modo” REATIVO!”

Compliance só existe depois da lava jato?

Inclusão e diversidade, só existe o problema depois dos gritos das injustiças nas mídias digitais?

Pois é, foram gatilhos para levantar essas questões que sou 1000% favorável

Mas sou exagerado sobre gestão de riscos?

Também não sei

Só que que cachorro mordido por cobra tem medo até de linguiça e esse sou eu.

Vivemos em um mundo onde não há mentiras, onde os líderes mundiais descartam o irrefutável “como notícias falsas” e onde as postagens do Facebook, LinkedIn e Instagram são afirmadas como incontestáveis.

Então, o que nós podemos fazer sobre isso?

 Bem, eu não tenho a resposta, mas as campanhas de conscientização não vão ajudar.

As campanhas de conscientização estão ganhando importância na batalha contra a ignorância dos riscos? Talvez, e espero que sim.

Estamos tão satisfeitos com a ignorância sobre os riscos, se alguém tem medo de sair de casa (porque não tem risco nenhum), nós os chamamos de loucos e insistimos que precisam de cuidados psiquiátricos.

Infelizmente, não há como dizer o quanto devemos ignorar ou aceitar os riscos até o momento horrível do acidente.

Então, só posso sugerir, a você que está lendo!

 Antes de tentar qualquer tarefa, faça as seguintes perguntas:

Fui treinado para fazer esta tarefa?

Eu entendo essa tarefa?

Tenho as ferramentas adequadas para executar esta tarefa?

Posso verificar se fiz a tarefa corretamente?

Essas perguntas podem não eliminar a ignorância ou aceitação do risco, mas é um começo.

Experimente na próxima vez que você estiver ao volante de um carro ou sendo um gestor de QSMS-RS & Sustentabilidade nas suas atitudes na linha de frente ou no trecho 

A vida que você salva pode ser minha.

Estamos juntos!

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