Roberto Roche & Associados – Gestão em QSMS-RS e Sustentabilidade

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Como é duro ser estagiário de novos negócios em ESG / QSMS-RS & Sustentabilidade. Preço ou valor agregado?

Quando decidi ser consultor, sim “ser”, não “estar “como a maioria das consultorias de aplicativos por aí, que na primeira oferta de emprego, deixam sua “consultoria”, e buscam a tão almejada carteira assinada, vale transporte etc.

E sim, meu cargo hoje é estagiário de novos negócios, chupo cana e assovio, escuto “tá muito caro”, a outra consultoria faz por menos entre outras coisas e fico buscando mais serviços.

Tinha certeza de que não seria fácil, primeiro, sempre fui corporativo, com + de 35 anos, e segundo o mais importante, por onde começar e quanto cobrar?

Primeiro pensei no meu modelo de negócio, decidi ser por “gestão compartilhada”, pois acho o mais honesto, e queria um diferencial do resto.

Quero “diagnosticar e executar”, nada daquelas consultorias que emitem um relatório e vão embora, te deixam na mão e se não der certo, a culpa é sua que não entendeu e cobram de novo a visita.

Deu certo? Ainda não, funciona mais para escritórios de advocacia, mas ainda chego lá.

E depois, quanto cobrar $$$?

Problema cabeludo pra resolver, pedem uma cotação e tenho que elaborar uma proposta de valor pra solucionar a necessidade do cliente, sim necessidade nada mais nada menos.

Só que quando eu passo minha cotação, vem a pergunta; quantas horas de trabalho? Por que você está cobrando esse valor fechado, e não a taxa hora de mercado?

Reposta, não trabalho encima de horas, trabalho na sua solução de problemas, consultores resolvem problemas certos? mas como?

Não importa, importa o VALOR X BENEFÍCIO e o resultado.

Não sou seu funcionário, sou seu consultor e você me chamou para resolver seu problema.

Quando eu aceito que todo o meu trabalho se resume ao número de horas que eu dediquei a ele, eu estou me reduzindo a um vendedor de horas, e isso eu não aceito.

Falta ponderar quanto valor eu entrego a cada hora de trabalho, senão um conceito fundamental da “precificação” do serviço fica “marotamente” de fora, e é o conceito do valor percebido.

Toda vez que você vende somente horas de trabalho, sem adicionar a elas o valor que o seu cliente obterá a partir da execução desse trabalho, você está igualando a quem não tem nada agregar, e sim realizar uma cópia e cola para o cliente.

Afinal, se eu não agrego nada àquela atividade, mas somente ao produto, então que diferença faz se a tal atividade é executada por mim ou por uma mais barata?

Mas como o mercado está acostumado a procurar o mais baratinho, viva os aplicativos!

Eu até fiquei bem ofendido com o fato de a pessoa ter reduzido meus + 35 anos de experiência de mercado, minha grande macaco-velhice em solucionar problemas corporativos complexos no nível executivo, e meu alto conhecimento prático no uso de metodologias inovadoras aplicadas em empresas gigantescas, ao simples: “cálculo do número de horas, vezes o preço médio da hora de um mercado medíocre que naquele momento não me representava”.

Mas o que me preocupou de verdade foi o fato de que, por causa de diversas outras circunstâncias que às vezes abalam a nossa segurança financeira, muitos bons profissionais estejam cedendo às tais circunstâncias, aceitando qualquer migalha pelo seu trabalho e de novo, eu entendo que a vida é difícil e que muitas vezes aqueles trocados vão fazer muita diferença e com isso abaixando demais a régua pela qual todos nós, em algum momento, seremos medidos.

É o famoso tiro no pé, mas como ele demora um pouquinho para voltar, tipo num efeito bumerangue, a gente não se conscientiza dele, e pelo contrário, acaba fortalecendo a parada.

No fim das contas, sempre que é eu aceito “uma oferta meia-boca qualquer” pelo valor que eu entrego, automaticamente eu me desvalorizo, seja ali no momento, seja numa negociação futura.

Obviamente eu recusei a proposta comercial, assumindo todos os riscos inerentes à minha decisão.

Mas e daí?

Prefiro isso, do que abaixar a minha régua só porque você pensa que deve me pagar por hora, quando eu tenho plena consciência que meu valor está naquilo que eu entrego num determinado número de horas, e não na quantidade de horas que eu dedico àquele trabalho.

Faz um favor pra si mesmo, e consequentemente pra todo o seu mercado?

Pare de vender horas, e comece a vender valor.

E rápido, por favor.

PS: Não tenho saudade de secretária, plaquinha com meu nome na chegada aeroporto e outras coisitas mais.

Estamos juntos!

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