Assistimos publicações de relatórios de Sustentabilidade em certa quantidade, (gostaria de ver mais), muito bons por sinal, cada um utilizando a metodologia ou modelo que lhes convém, até aí, sem problema, o mais importante é publicar informações verdadeiras, e de preferência passando pelo crivo da AA1000.
Nada de green washing por favor e muito menos cherry picking.
Agora, quantos desses são auditados/validados? Quantos desses incluem seus riscos socioambientais sem medo?
Como avaliar até que ponto todos os riscos ESG, estão incluídos?
Qual o fundamento da métrica utilizada, foi validada por quem?
Longa essa conversa, mas na realidade fica difícil até que ponto estamos lendo o real?
Infelizmente, ainda escutamos notícias sobre o aumento dos índices de acidente do trabalho e acidentes socioambientais nas empresas, mesmo com toda evolução em treinamento e uma consciência voltada ao bem-estar do colaborador relatadas nesses relatórios de Sustentabilidade!
Organizações que já possuem uma diretoria de Sustentabilidade e QSMS-RS “efetiva” dentro da conformidade das normas e uma cultura organizacional, estão tranquilas, pois planejam, avaliam e executam suas alternativas.
E o mais importante de tudo estão vendo seus investimentos na área sendo pagos.
Mas outras que infelizmente pelo momento não optaram por uma gestão sustentável, acredito que chegou a hora de pensar.
“Prevenção sai mais barato que correção”
Ser uma empresa com uma gestão sustentável passa ser mandatório por uma questão de sobrevivência, quanto a isso acredito que ninguém tem dúvida.
Esta afirmação é tão óbvia, mesmo assim ainda passa por total indiferença em vários segmentos da economia.
A gestão de QSMS-RS e Sustentabilidade dentro das normas têm que ser encarada como negócio, que deve ser bem planejado, gerenciado e entregar resultados.
Mas como medir, avaliar e saber se está sendo pago o investimento ou não da área?
A crescente preocupação com a questão ambiental e acidentes de trabalho tem levado os diferentes segmentos da economia a buscarem alternativas tecnológicas mais limpas e matérias primas menos tóxica, a fim de reduzir o impacto e a degradação ambientais e proteção ao colaborador.
A conscientização da sociedade, a legislação trabalhista e ambiental tem induzido as empresas a uma relação mais sustentável com todos as partes interessadas.
Não há mais lugar para a exacerbação do lucro obtido à custa do comprometimento da segurança do colaborador e do meio ambiente.
Diante disso, a organização tem sido forçada a investir em modificações de processo, aperfeiçoamento de mão de obra, substituição de insumos, redução de geração de resíduos e racionalização de consumo de recursos naturais.
A busca por alternativas que minimizem os impactos negativos da atividade produtiva tem motivado o setor industrial em investir em soluções e treinamento, que também se refletem em economia e melhoria da competitividade.
A adoção de estratégias de prevenção apresenta-se como a alternativa mais adequada, porém importantes padrões, modelos de comportamento, crenças e práticas institucionalizadas devem ser modificados, assim como muitos paradigmas consolidados na estrutura das empresas devem ser substituídos.
As avaliações das ações de QSMS-RS e de Sustentabilidade tornam-se cada vez mais valiosa e importante, pois fornece bases para a formulação de políticas, planos e projetos que permitem o manejo dos riscos e impactos das atividades produtivas aumentando a eficiência da empresa.
O diagnóstico da situação socioambiental e das condições de trabalho consiste em uma análise profunda de todos os impactos dos processos, serviços e produtos.
A falta de registros, na maioria das empresas, no que tange às entradas e saídas de insumos, do consumo de água, de matérias primas, de energia, de geração de efluentes e resíduos, por exemplo, também dificulta a implantação de medidas que poderiam melhorar o desempenho ambiental das mesmas.
A ausência de informações, desta natureza, contribui para conhecimentos precários sobre os custos ambientais e os custos de sobre acidentes de trabalho, alimentando a visão distorcida de que investimentos em medidas de proteção não significam ganhos, mas sim em aumento de custos operacionais e redução de competitividade.
Maioria das empresas não importando o tipo de atividade econômica constata-se que a identificação dos impactos significativos se relaciona mais fortemente com questões econômicas e legais, do que com os aspectos técnicos.
O planejamento de ações, baseado em critérios técnicos de segurança e ambiental, contribui para a implantação de medidas mais efetivas, no que diz respeito à melhoria da qualidade ambiental e das condições seguras de trabalho.
Um maior conhecimento sobre os impactos ocasionados pelas atividades produtivas possibilita a seleção mais adequada de indicadores que podem ser utilizados para o processo de melhoria contínua de um sistema de QSMS-RS.
A dificuldade para o estabelecimento desses indicadores é um dos principias problemas das indústrias, tanto ao nível nacional quanto internacional.
Uma avaliação e uma tomada de decisão equivocada, sem dúvida irá refletir-se na forma de como interpretar o desempenho ambiental das empresas, trazendo como consequência: Adoção de medidas inócuas, implantação desnecessária de equipamentos e/ou outras intervenções inadequadas para um bom sistema de gestão.
Grande parte das empresas ainda desconhece os benefícios do uso de indicadores de desempenho como ferramenta para uma gestão de Sustentabilidade e QSMS-RS.
Com isso é possível que elas estejam deixando de aproveitar oportunidades, como: Economia na utilização de insumos, reaproveitamento de resíduos, agregar valor a estes, qualificação da mão de obra nas comunidades próximas, aumento da produtividade, melhoria da competitividade e da qualidade ambiental e de segurança de seu produto.
Estamos juntos!