Roberto Roche & Associados – Gestão em QSMS-RS e Sustentabilidade

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Aprenda com meus erros, gestão de crises em acidentes socioambientais em mineração, portos e energia renovável.

Nós gestores de QSMS-RS & Sustentabilidade estamos prontos atender uma emergência?

Nós temos o perfil para tal?

Na hora que vaca vai para brejo, nós temos sangue frio para gerenciar a crise, na linha de frente?

Profissional de Segurança do Trabalho e de Meio ambiente, não salvam vidas e não são heróis.

A não ser que seja médico, bombeiro, paramédico, salva vidas e outros nossa função é outra, certo?

Pois é não pensei nisso na hora, do acidente e me atirei de cabeça.

Recém assumia a função de EHS e nesse dia, nessa hora estava só.

 E não tinha a menor ideia, quando participei no meu primeiro evento de um vazamento de produto perigoso, quanto ao alcance e as consequências dos impactos causados.

Recém-saído da faculdade, achava que sabia tudo!

Tinha passado por treinamentos em emergência (adoro) e outros.

Mas……, só na hora que eu vi onde tinha me metido.

Ao chegar à cena do acidente, faltou estômago para poder realizar meu trabalho, foi vexaminoso, carrego até hoje está cena em minha memória.

Óbitos, mutilações, queimaduras e produto perigoso para tudo que é lado, e já indo para a comunidade.

Como tinha um passado militar (ajudou e muito), fui em frente.

Amigos e colegas, NÃO É PARA QUALQUER UM, acredite.

Não é para qualquer um participar, com somente boa vontade em ajudar. 

Impactos no ecossistema e comunidades afetadas economicamente, são entre outros as consequências de acidentes ambientais com vazamento de óleo ou produtos perigosos, em que se caracterizam por um acontecimento inesperado causando grande dano socioambiental.

Exemplos de acidentes existem milhares e que se tornaram grandes estudos de casos.

No meu caso cito alguns;

Em nossa eólica no Quênia, uma das pás se desprendeu durante uma tempestade, voou longe atingindo uma aldeia, e infelizmente decepou a cabeça de umas crianças mulheres.

Em nossa mina no Malaui durante as escavações em uma cava profunda, desmoronamento a com várias fatalidades. 

Em minhas palestras comento alguns destes que realmente deixaram uma lição por qual passei.

Quando ministro treinamento em gestão de risco e sempre gosto de mencionar, gestão é uma coisa e gerenciar a crise na linha de frente é outra coisa (rsrsrsr)

Pois desde meu primeiro atendimento a vazamento de óleo no mar do norte até no delta do Níger, na Nigéria, passando por indústrias em geral (sim, estas também provocam acidentes também) e em logística de transporte seja em qualquer modal.

Passei por momentos que serviram de grande aprendizagem, na qual procuro passar as equipes quando estamos elaborando planos de emergência.

Gerenciar uma crise durante e após o evento também, não é uma tarefa fácil, quando se tem a mídia, órgãos ambientais e até polícia encima e você tentando realizar o seu trabalho, não é uma situação agradável.

Uma equipe com experiência e treinada para gerenciar crises para quem tem atividade de alto risco como a indústria de óleo e gás, portos e estaleiros, tem que fazer parte da gestão de QSMS-RS.

Pessoal com experiência e qualificado para estes eventos normalmente são esquecidos na implantação da gestão.

Na sua área quem é a pessoa com perfil para esta situação???

Acidentes são provocados por uns inúmeros fatores combinados, no qual naquele exato momento deflagram o evento.

E nós temos que estar 100% alinhados com todas as atividades no nosso dia a dia sempre tentando estar um passo à frente.

Péssima notícia para quem quer trabalhar na área.” NÂO EXISTE DESCANSO EM PREVENCAO”.

E saber gerenciar um evento no momento de crise é crucial.

Não basta elaborar simulados e um bom plano que não seja mais do que um pedaço de papel que a lei exige.

Exige liderança e disciplina de todos da equipe alinhados com todos os colaboradores de área no momento do evento.

No caso do setor petrolífero, não existe medo maior do que um vazamento de óleo.

Sejam grandes ou pequenas as consequências destes acidentes perante a nossa legislação ambiental são duras, como multas pesadíssimas e com o pedido de prisão dos responsáveis, e claro sem contar com a péssima imagem da própria empresa perante a mídia, que é um valor imensurável.

Apesar dos avanços tecnológicos empregados na indústria e do fortalecimento da visão sustentável nas organizações.

O número de atendimentos a emergências ambientais de vazamento de óleo vem acontecendo com uma preocupante frequência em nosso imenso litoral.

Sem dúvida, o principal motivo do aumento de acidentes ambientais é o aumento na atividade.

Na área de energia nem se fala, os riscos são enormes as comunidades estão a volta.

Em mineração e óleo & gás, também.

Cada vez mais estaleiros, plataformas, navios etc. estão chegando e operando em nosso litoral e vai aumentar muito mais, passamos a ser um país com um papel importante no mundo do petróleo e da logística.

Quanto mais atividades de alto risco se realizam, quanto mais produtos perigosos são transportados e transferidos, maior é a chance de algo dar errado, apesar dos controles e tecnologias existentes.

Eu uso em meus treinamentos o” Bowie Tie” e com ele demonstro bem a situação e como pode ficar.

E como está a identificação destes riscos e seus planos de emergência por parte das empresas?

Estamos prontos para um gerenciamento de crise?

Temos uma sala de comando para este gerenciamento em caso de acidente?

Auditoria dos equipamentos de proteção para realmente verificar se, por exemplo, tem um número correto de barreiras de contenção?

A identificação de riscos tem que ser periodicamente ser revisada e os resultados desta análise, junto à elaboração de planos para o gerenciamento deste risco (treinamento e simulados) também.

Saber antecipadamente o que pode dar errado conduz na direção do preparo e controle da situação da emergência.

Análise de risco e um plano de ação de emergência são importantes ferramentas na gestão, com requisitos e orientações gerais para a prevenção e controle de acidentes.

Os treinamentos simulados se aproximando o máximo que se puder de uma situação real é a mais importante ferramenta para uma gestão de Sustentável eficiente.

Não adianta fazer simulados com hora marcada para começar e terminar.

Para quem vive na situação de que a qualquer momento pode haver um vazamento de óleo e que este pode durar semanas sabe que este trabalho é de 24 horas até ser recolhido todo o vazamento e ter uma disposição final correta deste.

“Ou alguém pensa que é só recolher”? Já pararam para pensar o que se faz depois de recolhido o óleo?

Portando, para que todo este conjunto de ações seja realmente efetivo e bem, eficientes, a gestão de QSMS-RS da empresa deve estar atenta a este tipo de acidente.

Só investimento em tecnologia não basta, necessitamos estar bem alinhados à elaboração de um programa de riscos e a capacitação profissional para atendimentos a estas emergências.

Aprenda com meus erros.

Estamos juntos!

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